Para muitas mulheres, ser mãe é uma das melhores dádivas da vida. Depois de dar à luz, é no puerpério, o período de várias semanas posterior ao parto, durante o qual os órgãos genitais femininos regressam à normalidade, que aparece com alguma frequência a chamada barriga pós-parto, que se pode traduzir não só em flacidez e estrias, como também na "barriga de avental" e diástase abdominal.

Flacidez e estrias

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Durante a gestação do bebé, a barriga cresce e, com isso, os músculos esticam devido ao aumento de peso e volume corporal. Depois do nascimento, a flacidez pode ganhar espaço em regiões como a barriga. Para além da flacidez, as estrias, as lesões da pele em forma de linhas que ocorrem devido a fatores hormonais e a um rápido crescimento ou ganho de peso, são também bastante comuns.

Para que a mulher consiga voltar à sua habitual forma física, há uma série de soluções que prometem ajudá-la a concretizar esse objetivo. Dos exercícios de Pilates aos tratamentos estéticos, há também alguns produtos de Beleza que assumem esse compromisso.

4 produtos que ajudam a diminuir as estrias e flacidez da barriga pós-parto:

"Barriga de avental"

A adicionar à flacidez e às estrias, surge a "barriga de avental" ou barriga descaída, o excesso de pele na zona abdominal, podendo, em alguns casos, até tapar a zona púbica. De acordo com Mariana Rosa, fisioterapeuta, especialista em Saúde da Mulher e fundadora do programa de pré e pós-parto Aquamãe, a "barriga de avental é mais frequente quando existe uma cicatriz abdominal, como por exemplo, a cesariana."

A fisioterapeuta afirma que "a fisioterapia pode ajudar a ter maior consciência da ativação desta musculatura, através de várias abordagens, contribuindo para uma melhor postura e aumento da tensão na parede abdominal, libertando as cicatrizes existentes."

Mariana da Rocha Martins, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, na Clínica de Cirurgia Plástica LMR, aponta a abdominoplastia como solução: "Esta intervenção consiste em eliminar o excesso de pele da zona abdominal, de forma a conseguir um abdómen mais liso e firme. Na maioria das vezes, a abdominoplastia é combinada com uma lipoaspiração/lipoescultura, que está indicada para mulheres que, para além de excesso de pele, tenham também gordura localizada no abdómen e em outras zonas do corpo, por forma a melhorar o contorno e o resultado final."

Diástase Abdominal

A diástase abdominal é o afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo durante o período da gestação, podendo ser o resultado de aumento de peso, gravidezes próximas e perda de colagéneo, entre outros fatores. "Os estudos indicam que 100% das grávidas apresentam diástase às 35 semanas, felizmente, para que o seu bebé possa crescer em harmonia. 40% das mulheres ainda a têm aos seis meses pós-parto e é expectável que a grande maioria reverta até aos 12 meses do bebé", revela Mariana Rosa.

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A fisioterapeuta aconselha como solução para a diástase abdominal "um programa personalizado com ativação correta da parede abdominal, libertação dos pontos de tensão e terapias adjuvantes, como a radiofrequência e a eletro-estimulação". No entanto, quando não há melhorias através destes métodos, tanto Mariana Rosa como a cirurgiã Mariana da Rocha Martins, aconselham a intervenção cirúrgica. "Está indicada a plicatura dos músculos por forma a reposicioná-los novamente na linha média e, assim, recuperar a firmeza abdominal e ajudar a definir a cintura. A diástase abdominal está na maioria das vezes associada a excesso de pele no abdómen. Na mesma cirurgia, é possível corrigir-se o excesso de pele com a abdominoplastia, com acesso aos músculos da parede abdominal, para a correção da diástase sob a forma da plicatura", conclui Mariana da Rocha Martins.