Na primeira vez que fui a Londres consegui vislumbrar uma amostra da dimensão que é uma grande cidade, com 9 milhões de habitantes e 1500 Km2. Lembro-me de ir a Camden Town passear e quando regressava, depois de me ter cansado de ver tantas lojas, ter feito tanta coisa, percebi que muito ainda havia para ver e que tinha apenas visitado um bairro dentro de um bairro dentro de um bairro.
Londres tem muito para oferecer e no que diz respeito a Beleza não é excepção
Numa cidade destas, com pouco sol, onde os níveis de stress estão sempre a bater lá em cima, onde o prato típico é fish and chips, seria de esperar um envelhecimento prematuro da população. Mas não. Aquilo que eu observo, agora que repito a visita e tenho mais tempo para apreciar a cidade, além de muita gente bonita e bem cuidada, é a oferta de múltiplas opções saudáveis - e até em conta -, para ir de encontro às necessidades deste povo que se deixa mastigar pelo ritmo frenético da grande metrópole.
E é talvez por estar aqui durante uma semana, em trabalho, que me sinta 'convidado' a fazer a vida de um local.
Armado em 'local', e a fazer o que os 'locals' fazem
Primeiro que tudo, atirei-me às refeições. Ainda não pus os pés na piscina este ano, tenho feito gazeta ao exercício físico, então, ao menos, que coma bem. No primeiro dia, ao sair do trabalho, meti-me no Mark’s & Spencer Simply Food, ali na saída do Metro de Bond Street, e perdi-me nos meal deals, onde se levam 2 refeições por £4. Sou daquelas pessoas que lê os rótulos e as listas de ingredientes todas e posso afirmar que só me deparei com refeições saudáveis, sem conservantes, sem açúcares e com todos os nutrientes de que necessitamos diariamente. A minha pele agradece.
Aproveitei e trouxe uma salada à base de arroz, abacate e outra com quinoa e frutos secos. Também trouxe um shot de gengibre e curcuma por £1,50 (em Lisboa o mesmo custa-me €2). Se Londres é cara, também sabe ser barata.
Ao lado, está a Holland & Barrett, uma espécie de Celeiro, mas com menos oferta, onde me abasteci de snacks. Todos os dias passei a comer entre refeições uma bola energética da Deliciously Ella. Foi aqui que também pisquei o olho à estante de suplementos alimentares e repus o stock de ferro e de vitamina B12 - que tive de começar a tomar logo após a primeira consulta com o Dr. Ricardo Vila Nova e que muito bem me tem feito ao cabelo.
Não me lembro de quanto paguei, mas foi menos do que em Lisboa e em boa quantidade. Vou falar melhor disto no próximo #ÁguapelaBarba.
Armado em beauty expert? Sim, why not?
Mas a grande revelação foi na Boots – a equivalente à nossa Wells -, ou seja, quando me perdi na secção de Beleza. A linha Men Expert da L’Oréal estava toda a metade do preço e estas oportunidades únicas não podem ser ignoradas. Um amigo meu já se tinha dado bem com o Hydra Energetic para os olhos e foi mesmo por aí que comecei - pssst, sinto alguma diferença com o Q10, da Cien, lembram-se?, mas só no que concerne à hidratação. Os papos têm-me dado alguma luta e precisava mesmo de algo eficaz.
A fórmula de Hydra Energetic tem vitamina C e Guaraná e aplica-se facilmente graças ao roll-on metálico (sempre frio!) actuando imediatamente no descongestionamento e libertando a circulação sanguínea. Quando o uso, sinto a pele a esticar, portanto não está a ser inócuo.
Não satisfeito, ainda comprei o gel hidratante revitalizante Vitalift de acção anti-ageing e o Pure&Mate para pele muito oleosa, dois cuidados de rosto, mas parei de os usar - já explico porquê.
Voltei lá no dia seguinte, e de novo mais umas compras: nomeadamente, o cuidado para o contorno dos olhos Vitalift anti-ageing eye cream, que me pareceu o mais indicado para o meu caso - como o roll-on do Hydra Energetic só actua nos papos, as rugas de expressão estão cada vez mais marcadas, sobretudo nesta região. Resumindo, desde que uso os dois - adoro a combinação -, sinto que a pele está cada vez mais firme e lisa.
Nesse mesmo dia ainda deitei a mão ao Wrinkle De-crease Moisturiser, o hidratante anti-rugas com vitamina E que reduz o aspecto das rugas - confesso que gostei mais deste do que os outros dois que comprei no dia anterior (Vitalift e Pure&Mate), já que o achei mais consistente e completo. Hidrata, mas não deixa a pele tão oleosa como antes, os outros dois fizeram-me sentir a pele demasiado seca, o que não quer dizer que não lhes dê uma segunda oportunidade.
Conselhos de amiga, aka Mafalda Beirão
Nesse mesmo dia ainda quis seguir as dicas da Mafalda e aproveitar para ir até Convent Garden conhecer a The Ordinary. Esta marca veio abanar o mercado com a oferta de produtos extremamente eficazes a preços muito baixos, usando apenas os ingredientes necessários e denunciando a falta de transparência das outras marcas já que, supostamente, estão a fazer-nos pagar por fórmulas que não são assim tão mágicas, mas apenas boas estratégias de marketing.
Perguntei quais eram os best-sellers, pois pareceu-me a melhor maneira de abordar a larga oferta e trouxe para casa o sérum Multi-Technology Peptide “buffet”, o antioxidante “Pycnogenol 5%” e o “Niacinamide 10% + Zinc 1%”. Ainda me ofereceram 2 frascos de hidratante à base de Esqualeno, que ainda não usei (e acabadinho de pesquisar no Google, parece que afinal vou passar a usá-lo todos os dias).
Misturas, contas e resoluções
A pele do meu rosto deu uma reviravolta desde que comecei a usar os produtos da The Ordinary combinados com os da L’Oréal. Já passaram alguns dias e a pele está menos marcada, mais firme e uniforme. A oleosidade parece estar controlada e os poros estão mais fechados. Tenho alternado o uso do “Buffet” com o “Niacinamide 10% + Zinc 1%” - um de manhã e outro de noite, depois de lavar a cara -, e só uso o antioxidante depois destes e antes do Wrinkle Decrease.
Na próxima vez que voltar a Londres quero ir buscar o “Hyaluronic Acid 2% + B5”, pois já me falaram nele e não vou resistir. O “Buffet” já tem ácido hialurónico na sua composição, mas alguma coisa me diz que os meus olhos pedem-no em fartura! Cá estarei para contar o resultado.
Fazendo contas às libras, posso adiantar que gastei € 30 nestes 3 produtos (sendo que me ofereceram mais 2), ficando numa média de € 6 por cada. Na Boots gastei € 35 pelos 5 cremes, ficando a média em € 7 cada.
No total, gastei 65 euros em 10 cremes, que é o que muitas vezes gastamos num só produto
Vai faltar-me ainda ir dizer 'olá' ao Dr. Ricardo Vila Nova, que dá consultas no Harrods, onde poderia muito bem ter-me abastecido do champô e da proteína líquida que tenho usado no cabelo. Mas posso fazer o mesmo em Lisboa, já que a semana está a terminar e infelizmente o tempo não dá para tudo. Vou voar daqui antes que a cidade me engula. O pior é o Duty Free que nos retém mais que o controlo de segurança, onde acabo de ver o Tommy da Tommy Hilfiger por £ 19 e não resisto. Este cheiro faz-me levitar. Se eu não chegar a Lisboa, alguém me vai buscar às nuvens?
Bruno Reis, colaborador da Miranda, é o fundador e director criativo da Teeorema, marca de luxo de t-shirts.
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