Foi em Londres que descobri a poção mágica que mudou a minha pele da noite para o dia. Ou terá sido do dia para a noite? Quando o usei a primeira vez era de noite, mas logo concluí que me iria salvar se o usasse numa rotina matutina. Os meus poros fecharam todos e raras são às vezes em que passo a mão na testa e sinto um brilho grasso nos dedos. O Niacinamida da The Ordinary passou a ser fundamental e descobri que também me ajuda nas crises de dermatite seborreica. Desde então que cada viagem a Londres demanda uma passagem na loja da marca para me reabastecer dos meus predilectos e para trazer novas experiências.
Desta vez deitei as mãos ao Ascorbyl Glucoside e ao Azelaic Acid. O primeiro porque, sendo compatível com água, a textura é leve. O segundo foi-me aconselhado por ter a propriedade de acalmar a pele, sobretudo quando está mais irritada e inflamada. Já posso afirmar que gosto da sensação de ambos e resulta bastante bem para dias como os de hoje em que chego cedo a casa e preciso de algo que me dê vida. Lavei bem a cara, primeiro passei o Ascorbyl Glucoside, que tendo uma acção antioxidante, combate sinais de envelhecimento e logo depois o Azelaic Acid, também antioxidante, tem uma textura de creme-gel que, apesar de ser um ácido, reduz a vermelhidão e alivia. Adoro a sensação de suavidade quando toco na pele.
Depois, rumei a Milão, mas só por um dia, o tempo suficiente para sentir na pele o efeito do frio, mas não o suficiente para descobrir um creme que se adequasse a este novo estado de sequidão.
Voei depois para Paris onde fiz muita visita cultural (posso englobar aqui as visitas às Galeries Lafayette, não posso?!), mas também tive tempo para o inevitável passeio de beleza até à Citypharma, na Rue du Four em Saint German, logo no primeiro dia. Muitas das marcas de dermocosmética que conhecemos são francesas: La Roche-Posay, Vichy, Uriage, Caudalie, Ducray… E não tendo os custos de exportação, é claro que conseguimos bons preços, sobretudo nesta farmácia visitada por gente do mundo inteiro. Só trouxe três produtos para casa: um creme de olhos da La Roche-Posay, com ácido hialurónico que já andava a namorar há bastante tempo [ver galeria]. Tem uma textura cremosa ligeiramente gorda, mas que a pele absorve muito bem, sem a deixar oleosa. O gel de limpeza que trouxe também é da mesma marca (bastante direccionada para peles sensíveis), respeita o PH da pele e aliviou-me logo a culpa de andar a lavar o rosto com um sabonete líquido de supermercado.
E porque cuidar destes olhos nunca é demais, tinha de sair dali com uma máscara para o contorno dos mesmos. Comprei os eye patches da Filorga e ainda bem que os consegui a um óptimo preço (era Black Friday e em vez de 46€ paguei 24€), pois ainda aguardo um resultado. Aquelas películas em gel que se põem debaixo dos olhos são tão densas que me pergunto como é que algum ingrediente dali me penetra a pele. Ainda por cima tinha bom feedback da marca. Esperava muito mais. Mas ainda estão 6 na caixa e pode ser que mude de ideias… Com aqueles 24€ poderia ter comprado algum creme que me viesse servir a nova condição de pessoa com pele seca. Mas não trouxe mais nada, que só estava há um dia em Paris e ainda havia muito para ver (e comprar!)
Estivesse lá estado mais tempo e mais velho voltava. Tão desidratado que fiquei que a pele se partia em cada expressão que fazia no meio daqueles 2ºC. E tanto tempo que tenho passado a construir um ritual matificante, que nunca pensei ter de admitir que a minha pele tinha secado. Banhei-me várias vezes no meu “Buffet” da The Ordinary na esperança de recuperar alguma hidratação e ainda passei o creme dos olhos que comprei em todo o rosto… Mas sabem o que é que me salvou mesmo a pele? Foi o regresso a Lisboa que me restituiu a pele plena!
Bruno Reis, colaborador da Miranda, é o fundador e diretorcriativo da Teeorema, marca de luxo de T-shirts.
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