Este livro nasceu da minha capacidade — e da minha paixão — de escutar as mulheres que entram e saem do meu gabinete. Um vaivém de filhas, mães e avós. Adolescentes e mulheres maduras. Estudantes e trabalhadoras. Solteiras e casadas. Mulheres a caminho do estado de graça e outras já de regresso. Mulheres com e sem voz. Mulheres poderosas, mulheres sem poder. Mulheres.
Foram as conversas que fui cosendo com os meus patrimónios que me fizeram escrever este livro, que é, por isso, não apenas meu mas de um conjunto de mulheres, femininas e poderosas. Poderosas, sim, porque não existe superpoder maior do que aquele de se ser mulher e nascer com a graça de gerar vida.
Escrevi este livro a pensar nas quatro fases poderosas da vida feminina:
- a menarca (primeira menstruação),
- a maternidade,
- a menopausa (última menstruação)
- e a pós-menopausa.
Dividir a vida da mulher em quatro fases distintas assemelha-se a deixarmo-nos levar pelo encanto das quatro fases da lua, ou a fazermos uma viagem ao longo das quatro estações do ano. A verdade é que existe em cada mulher uma primavera, um verão, um outono e um inverno. E assim como a felicidade não é o verão, mas um dia de sol depois um longo tempo de chuva, também a felicidade, o bem-estar e o equilíbrio da vida feminina não estão em ser sempre primavera ou verão, mas sim em saber brilhar em todas as estações (idades), quer chova ou faça sol.
Um livro é o reflexo de um longo caminho percorrido, escrito por duas mãos pelas quais passam diariamente mulheres de todas as idades e com os mais diversos desafios. Mulheres meninas, com o vigor da entrada na feminilidade. Mulheres engraçadas, com a graça do estado de graça. Mulheres guerreiras, com garra para enfrentar as intempéries. Mulheres cansadas, com o corpo a querer mimos. Mulheres ativas, a correr contra o tempo. Mulheres preocupadas, a querer desligar. Mulheres lindas, felizes, nem sempre felizes, receosas, confiantes, determinadas, corajosas… mulheres amigas. Mulheres. Porque ser (só) mulher basta.
Por isso, penso que nesta altura já não preciso de lhe traduzir, se assim se pode dizer, a palavra "património". Um "património" é, para mim, muito mais do que uma cliente que me procura para tratar do corpo com as minhas técnicas de tratamentos e massagens. Um "património" é, acima de tudo, uma mulher que se acredita, quer e projeta plena. Plena de autoestima, de autoconfiança, de certezas face ao que sente e faz, de amor por si mesma.
Ajudar as mulheres que me procuram a alcançar essa plenitude feminina é, primeiro, aquilo que mais felicidade me traz e, segundo, aquilo que melhor sei fazer. A brincar, a brincar, há 25 anos que dedico a minha vida a ajudar mulheres a serem mais felizes e, consequentemente, a ser mais feliz eu também. Seja feliz e desvenda todos os segredos femininos com mais este guia que criei para todas as mulheres, de todas as idades.
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