Chamados micronutrientes, não pelas suas funções mas porque não nos fornecem a energia como acontece com as proteínas, hidratos e gorduras, as vitaminas e os minerais têm vastas funções e basta uma pequena carência em alguma(s) dela(s) para que o nosso corpo apresente sinais de carência e adoeça. Também em excesso podem provocar reações nefastas e causar igualmente a doença. O ideal, como geralmente em tudo na vida, é assegurar o equilíbrio e manter os nossos padrões alimentares e de estilo de vida ajustados às nossas características individuais.
Encontrar este equilíbrio nem sempre é fácil e a melhor sugestão será mesmo usar a diversidade alimentar, e variar constantemente de alimentos, para que vitaminas e minerais estejam presentes. Este conselho é especialmente importante quando falamos de vitaminas e minerais, pelo que frutas e hortícolas, os mais ricos no fornecimento destes nutrientes, são realmente fundamentais. Mas não podemos esquecer que carnes, pescado e ovos, bem como arroz e batata, são também importantíssimos no aporte de certas vitaminas e minerais, como o ferro, dando este exemplo. A regra de ouro será mesmo usar e abusar da diversidade alimentar, encontrando no nosso organismo a capacidade de utilizar seletivamente os micronutrientes de que mais necessita e absorvendo-os na dose correta.
Sabemos, ainda assim, que por vezes, como acontece com a vitamina D, onde a sua presença residual no salmão não é suficiente para cobrir as nossas necessidades diárias, obriga a que possamos ter de recorrer a suplementos. Ou, no caso específico desta vitamina, devemos submeter-nos a exposição solar (curta mas regular) para que as suas funções não sejam postas em causa. Portanto, mesmo tendo uma alimentação correcta e equilibrada, surge muitas vezes a necessidade de suplementação ou de cuidados específicos para que nunca ocorra a falta desta vitamina tão importante no crescimento, replicação celular, função cognitiva e também em fases da vida, como na fase sénior. Dou destaque a uma vitamina tão em voga nos dias de hoje, mas não posso deixar de referir que a suplementação só deve ser encarada quando já temos uma base alimentar sólida e consistente com a nossa máxima saúde. Deverá ser sempre uma afinação e nunca a base no fornecimento, quer de vitaminas, quer de minerais.
De igual modo, quero referir a importância no reforço da vitamina B12, ou até do ferro, numa alimentação maioritariamente vegetariana (onde vitaminas como esta e minerais como este) podem não estar presentes em quantidades suficientes, devendo existir cuidados redobrados para evitar a carência e suas nefastas consequências na saúde. Outro ponto que tenho de deixar claro é que em alguns estados da vida, como acontece na mulher grávida e até mesmo antes de engravidar, convidam a um reforço no ácido fólico, para que a multiplicação celular abundante, que ocorre neste período, seja sempre feita com a máxima segurança e robustez, função onde esta vitamina tem um papel essencial.
Importa salientar que, fora uma excepção pontual, as vitaminas e os minerais não podem ser sintetizados pelo nosso organismo nas quantidades que ele necessita, pelo que devemos assegurar um contínuo e ininterrupto fluxo destes importantíssimos micronutrientes para as funções vitais. Ao fim e ao cabo, para a própria vida.
Aconselhe-se junto do seu nutricionista sobre a melhor forma de assegurar este fornecimento e comece sempre por cuidar da sua correcta alimentação e conjugação alimentar. Esta deverá sempre ser a base da sua saúde. Só depois, e em casos muito específicos, se deve considerar a suplementação como forma de optimizar este fornecimento e assegurar que as funções vitais do nosso organismo podem funcionar em pleno, assegurando a nossa saúde máxima.
Tanto haveria para falar mas deixarei para próximas edições do #PesoeMedida mais conselhos e dicas para que possa colher o melhor benefício das vitaminas, minerais e tantos outros nutrientes.
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