Sabiam que faço o meu skincare há tanto tempo quanto o que escrevo para a Miranda? Tudo começou quando partilhei com a Susana Chaves, a directora deste belo meio digital, o meu confronto inesperado com os desígnios da idade e da escassez de colagénio. Com 36 anos, apercebi-me da mudança que a minha pele dos olhos sofreu de um momento para o outro e era óbvio que estava criada a ocasião para me aventurar neste mundo maravilhoso dos cremes.

#ÁguaPelaBarba: mais ou menos homem, mais ou menos maquilhagem
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E foi assim que, desafiado pela responsável da publicação, encetei estas crónicas sobre um homem que se sente peixe fora de água numa praia de mulheres, a tentar fazer das guelras pulmões. E para quem está a pensar que considerar os cremes do domínio das mulheres é antiquado, tem efectivamente razão, mas confesso que até me sentir confortável numa loja de cosméticos demorei algum tempo, já que nem sempre os interlocutores falavam o mesmo idioma.

Neste processo de quase três anos, experimentei muita coisa e, por tentativa-erro, penso ter chegado a um ponto em que a minha pele está confortável com a rotina criada. E se é importante partilhar aquilo que a faz feliz, por outro, também vale a pena contar o que não correu bem e porquê. Porque, afinal de contas, crescemos com os nossos erros, seja na vida, seja nos cremes.

Loção anti-dermatite

Na prateleira dos abandonados, está há quase três anos a loção em bisnaga que usava desde a adolescência para tratar da minha dermatite seborreica nos dois lados do nariz. Quando tinha uma crise desta maleita, não tinha outra opção. A excessiva produção de sebo criava uma descamação irritativa que só aquele creme resolvia. Apercebi-me mais tarde que nunca mais o usei desde que comecei a usar o sérum à base de niacinamida da The Ordinary. Este preparado, que resolveu a oleosidade da minha pele a um nível de campeão, por consequência também resolveu a minha dermatite, uma vez que, fechando os poros, estes deixaram de criar o tal sebo em excesso.

Cremes e óleos

Mais tarde, aprendi que a minha pele recebe com muito mais entusiasmo um gel ou um creme-gel do que um creme propriamente dito. Definitivamente, a textura gorda não é para mim, o que me fez ganhar alguma resistência a usar óleos. Por isso, ainda tenho aqui umas quantas embalagens que deixei a meio ou que simplesmente não uso por essa razão. Têm servido apenas para tratar pontualmente alguma queimadura mais leve. Os óleos, esses, têm sido um bom recurso quando está muito frio e a pele fica seca e desidratada. Mas basta apenas uma gota, que já faz toda a diferença.

Gel-creme

Mas nem os géis-cremes duraram muito tempo na minha rotina. Com a descoberta de um protetor solar de alta performance, leve e matificante, não preciso de mais nada a não ser a niacinamida que referi antes. Acredito que menos é mais, que não se pode entregar duma vez tudo o que é ingredientes à pele, pois esta não tem a capacidade de assimilar tudo. A ideia é dar-lhe nutrientes para melhorar o seu próprio processo de regeneração, em vez de sobrecarregá-la com essa função, que deve desempenhar no seu auge. Cada tipo de ingrediente no seu momento certo.

#ÁguaPelaBarba: passam-se "ordinarices" na minha cara – esta é a minha rotina de beleza
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Protetor solar com cor e concealer

Nesta categoria dos protetores solares, encontrei na prateleira dos abandonados um ainda inteiro, praticamente por abrir, que levei algum tempo até perceber a razão de não o ter usado... até que, voilà! Com a pandemia e o uso de máscara, deixei de corrigir imperfeições na pele. Longe vai o tempo em que usava este tipo de creme com cor para tornar o tom da pele mais homogéneo e equilibrado. E, combinado com este, também o concealer, que usava no contorno dos olhos e fazia uma textura perfeita.

Base e pó compacto

Atrás destes todos, está o Bruno de outra vida. Que, um dia, para ter direito a ser maquilhado antes de seguir para a aula final do curso de apresentadores de TV, teve de comprar uma base e um pó compacto que nunca mais usou na vida. Já tive a oportunidade de explicar aqui antes que aquilo que um homem valoriza em produtos de maquilhagem é que estes não deixem o efeito de parecerem maquilhagem. E porque encontrei a solução perfeita (a que descrevi em cima) nunca mais regressei a estes dois.

Espero que a vida me dê mais erros de percurso como estes, pois uma coisa significará: a minha rotina de skincare estará ainda mais afinada!

Bruno Reis, colaborador da Miranda, é o fundador e diretor criativo da Teeorema, marca de T-shirts de luxo.

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