Sabemos que mais de 50% do nosso corpo é constituído por água, no tecido muscular estes níveis chegam aos 75%, pelo que se depreende a importância que devemos dar aos líquidos que ingerimos e desta forma assegurar que hidratamos o nosso corpo de forma correcta.

Muitas pessoas julgam que termos sede é um bom indicador para identificar a necessidade de beber água; outras que nos alimentos que ingerimos já está presente toda a água que necessitamos; outras ainda que só quando transpiramos muito é que devemos repor os níveis. Mas a realidade é bem diferente, como vamos revelar de seguida.

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A água é o alimento mais importante da nossa ingestão alimentar e por isso está bem representada no centro da roda portuguesa dos alimentos. É o alimento central para uma boa saúde e, sem uma correcta ingestão de água, a nossa saúde não está em pleno. O nosso corpo vai dando sinais quando os níveis estão reduzidos, seja pelos lábios secos, boca ou pele seca, mas quando sentimos sede já o nosso corpo está desidratado em cerca de 2%, afectando rendimento físico e desportivo, mas também rendimento mental.

Nos alimentos que ingerimos, especialmente nalguns frutos e hortícolas, os níveis de água presentes são muito elevados e ajudam sem dúvida a compor os níveis hídricos do nosso corpo. Mas sabemos que através da respiração, transpiração e outras funções orgânicas, estamos sempre a recorrer à água e a utilizá-la, pelo que esta deve ser reposta de forma regular ao longo do dia e não apenas às refeições. Ou seja, beber água é um hábito que devemos criar e praticar de forma diária e ao longo do dia!

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Para além da água simples, a ingestão de chás, infusões e outros líquidos não açucarados é uma excelente opção para hidratar o nosso corpo. Ainda mais nesta fase do ano, quando o calor está muito presente: experimente infusões frescas de água com limão, hortelã, canela, gengibre ou outros paladares, para tornar mais divertida a ingestão de líquidos. Há quem prefira chás quentes, o que também considero super-bem, devido à sua rápida absorção e princípios ativos que contribuem positivamente para a nossa saúde, mas aqui a regra deverá ser a diversidade e a gestão de quantidades, pois pode condicionar alguns órgãos, sono e descanso, devido às propriedades dos mesmos. Nada como a água! Fresca, natural, de várias fontes, com diferentes pH’s, o importante será mesmo a sua ingestão. E lembre-se que, se não confiar na fonte, deve ferver a água e deixar arrefecer para minimizar riscos de saúde e torná-la potável.

Durante os ciclos de vida, como no aleitamento ou em épocas de calor como a que estamos a viver, em fases de exercício mais intenso, as necessidade de hidratação aumentam, sugerindo-se cerca de 2 litros por dia — mas, no mínimo, procure incluir 1 litro de água por dia. Torne prático este processo e leve consigo neste verão uma pequena garrafa, que vai enchendo e bebendo ao longo do dia. Sentir-se-á mais revigorada, com mais saúde, mais fresca e mais saudável, para além de ajudar a gerir melhor os picos de apetite. Experimente e passe um verão bem hidratado!

Pedro Queiroz é o fundador das Clínicas de Nutrição do Porto e Lisboa e consultor de Nutrição. Mais do que ajudar pessoas a emagrecer, do que realmente gosta é de mudar as suas vidas.