Costuma dizer-se que por cada quilo de gordura perdido é obrigatório um período de estabilização desse mesmo peso que vai de um a três meses. E isso não é brincadeira nenhuma. É a mais pura das verdades. E porquê? Porque o tecido adiposo é um tecido hormonal, e o corpo, quando se habitua a um determinado nível de hormonas dentro dele, tem tendência a querer manter, a todo o custo, o nível hormonal a que estava habituado.
Infelizmente, as pessoas têm um olhar muito efémero sobre a perda de peso e é por isso que vivem num constante sobe-e-desce, como se o corpo fosse um iôiô e não um templo que mereça ser tratado sacramentalmente. Por essa razão, é muito importante, após a perda de peso e após a obtenção do peso pretendido, que a pessoa passe pela fase de estabilização.
A fase de estabilização é, nada mais, nada menos que a fase da reeducação alimentar, onde começamos a alimentar-nos para viver com saúde e a comer para viver. É um período de transição ou, melhor ainda, de vigilância. É vital estar vigilante depois de eliminada a gordura que se pretendia porque, embora esteja já do lado de fora, ela está de olho na vítima e, mal se baixa a guarda, ela volta a invadir. Em resumo, não há outra maneira de nos mantermos em forma senão perpetuando hábitos corretos sobre a forma como nos alimentamos.
O nosso corpo gasta energia ao longo do dia, por isso comer é fundamental para a vida. Mas é também fundamental fazê-lo de uma forma consciente e correta. Caso contrário, não estaremos a cuidar do corpo, mas a maltratá-lo. Uma alimentação equilibrada significa dar o aporte necessário de energia ao organismo, bem como os nutrientes necessários ao bom funcionamento do corpo: vitaminas, água, ácidos gordos e aminoácidos essenciais.
Esta estabilização, ou reeducação alimentar, passa por cinco regras fundamentais:
- comer a horas certas (horário),
- saber escolher os nutrientes (qualidade dos alimentos),
- dosear as porções (quantidade dos alimentos),
- ter uma boa higiene de sono (sono),
- e praticar uma atividade física (exercício).
Estes são os grandes pilares da reeducação alimentar. Na reeducação alimentar não há espaço para dietas drásticas. Há espaço, sim, para uma alimentação completa e equilibrada. As dietas drásticas são apenas um atalho, às vezes necessário, para se chegar mais rapidamente ao peso pretendido e estimular a força de vontade. Mas depois, é fundamental procurar um equilíbrio alimentar.
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